Entrevista ao Candidato á Câmara Municipal - Artur Pereira de Oliveira:



Que razões o levaram a aceitar ser cabeça-de-lista à Câmara Municipal?
 
Porque é a minha terra, a nossa terra e porque as políticas de desenvolvimento nestas três últimas décadas foram insuficientes.
Porque se perdeu demasiado tempo e oportunidades, devido às interferências externas dos partidos políticos dentro deste executivo e de todos os outros executivos anteriores.
Porque acredito que todos os munícipes sabem comparar o nosso atraso com o desenvolvimento de todos os outros Concelhos e Freguesias deste País e que se não vão deixar enganar mais uma vez.
Porque o meu conceito autárquico sempre foi e será estar com os munícipes e trabalhar para o progresso e desenvolvimento do nosso concelho.
Porque acredito no apoio e sinceridade que os munícipes têm manifestado ao MCI – Movimento Cívico Independente como única alternativa credível às políticas sectárias dos partidos políticos.
Porque sei que não é tarefa fácil, mas aceito o grande desafio das reformas que o MCI pretende implementar nos serviços administrativos, técnicos, económicos e humanos, para que, a curto prazo, todos possam ver a diferença de uma gestão moderna, capaz de dar respostas com eficiência.
Olhando para o Concelho da Marinha Grande, quais considera serem as suas principais carências?
São muitas e sobejamente inventariadas, mas sem uma boa gestão dificilmente teremos capacidade para superar tantas carências, agora acrescidas com a grave crise económica e social que estamos a atravessar.
É indispensável aferir a capacidade económica, administrativa, técnica e humana, e tê-la como prioritária para se definir com rigor a capacidade de resposta às necessidades básicas e recuperar a confiança dos munícipes e o atraso em que se encontra o nosso concelho.
Que soluções tem para os problemas do concelho?
Soluções só existem com planeamento, disponibilidade financeira e uma boa equipa, coesa, no executivo. Só assim será possível ultrapassar as dificuldades que vamos encontrar.
Com uma boa reestruturação, baseada numa definição de prioridades consensual, estou certo ser possível dar respostas muito concretas e em tempo útil à maioria dos problemas dos munícipes.
Caso seja eleito, qual será a sua primeira medida?
Reunir com todos os eleitos dos vários órgãos e apelar para um compromisso conjunto para bem servir os interesses do concelho, para que o trabalho a realizar seja visto como fruto de todos e não apenas de alguns.
Reunir com todos os funcionários e apelar que façam parte da mudança de atitude para cumprir com as orientações emanadas dos executivos.
Só com a participação de todos e apelando à sua noção do dever cívico, poderemos recuperar do atraso em que nos encontramos.
Que propostas apresenta no seu programa eleitoral para resolver, por exemplo, a questão do desemprego no concelho?
O desemprego é o resultado de políticas erradas implementadas, ao longo de anos, pela Comunidade Europeia, governos, sindicatos e investidores. Mas também os consumidores não estão isentos de culpa, ao não preferirem produtos nacionais como forma de combater o desemprego e a nossa balança comercial.
A Câmara pode ajudar a combater o desemprego com a criação de condições que permitam ao grande potencial humano inovador existente no concelho desenvolver-se, implementando uma zona industrial infra estruturada com pavilhões de pequena e média dimensão, destinada a micro empresas.
A autarquia, sem demagogias, poderá ser parceira em iniciativas conjuntas (Governo, Autarquia e Investidores) . O Governo deve ceder à Câmara terrenos gratuitos para instalar pequenas e médias indústrias, e dar subsídios para construção de pavilhões de diversas dimensões, que permitam graciosamente ceder espaços para o ressurgimento industrial, com contratos feitos por períodos considerados aceitáveis à recuperação de postos de trabalho.
Do ponto de vista social, tem aumentado o número de pessoas carenciadas. A sua candidatura tem alguma proposta direccionada especificamente para esta área?
Há que reunir com as diversas instituições locais que têm vindo a apoiar as pessoas carenciadas , de modo a desenvolver uma política conjunta com a autarquia que permita rentabilizar os recursos e tentar minorar efectivamente as piores carências, não esquecendo que é obrigação das entidades oficiais fazê-lo.
Como pensa “rentabilizar” o património natural do concelho, rico em área florestal e balnear? O Turismo poderá ser uma alternativa para a revitalização da economia local?
A rentabilização do património deve ser uma das componentes económicas a ter em conta, sendo desenvolvida com o recurso a parcerias com outras entidades ligadas ao Turismo e às diversas actividades económicas. Uma forma de rentabilizar o património florestal é dar continuidade ao Museu das Florestas e promover actividades que dêem a conhecer a grande variedade da nossa mata, aproveitando para sinalizar condignamente os seus locais de interesse.
Não se deve esquecer também o nosso património industrial que pode servir para dar a conhecer o nosso concelho a nível da evolução das indústrias que o tornaram conhecido no país e do Mundo.
Actualmente existem várias questões por resolver no concelho, nomeadamente o alargamento da Zona Industrial, a revisão do PDM, a construção das variantes exteriores, da piscina municipal e do mercado. Como pensa resolver este problema?
Todas estas questões estarão dependentes do empenho de todos os eleitos na sua resolução e da celeridade necessária na aprovação dos vários projectos em curso, para ainda poder beneficiar dos fundos comunitários que poderão fazer toda a diferença na exequibilidade financeira destes projectos que tanta falta fazem na Marinha Grande.

Que medidas propõe para a revitalização do centro histórico?
Reunir todos os proprietários e comerciantes do centro histórico no sentido de se definirem estratégias comuns ,com o apoio da Câmara e da ACIMG, de modo a elaborar projectos que visem a recuperação dos edifícios, comércio e animação cultural desse centro.
Claro que, dada a actual situação económica, teremos de pensar também em atrair parcerias com o sector imobiliário e a Banca, de modo a concretizar esses projectos.
É ainda de referir como uma mais valia os fundos comunitários que já foram atribuídos para a recuperação da Resinagem , do Teatro Stephens, do edifício histórico da FEIS e do Teatro do Sport Operário Marinhense.
Uma das nossas propostas será abrir um concurso de ideias para a recuperação de todo o centro histórico.
Que mais-valias apresenta o seu projecto relativamente aos demais?
O Projecto do MCI não inclui promessas falaciosas, é concreto no seu objectivo principal – recuperar o concelho da Marinha Grande do atraso e estagnação a que chegou, com a definição cuidada das prioridades.
Indique três motivos para que os marinhenses votem na sua candidatura .
1 – Honestidade
2 – Dedicação
3- Isenção
Admite fazer acordos pós-eleitorais com outra (s) forças (s) Políticas (s)
Esses acordos dependerão, sobretudo da vontade dos partidos políticos em mudarem as suas atitudes em benefício do bem comum, dando liberdade aos seus eleitos para decidir a favor do concelho, esquecendo as guerrilhas partidárias.

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